Rio Grande - Cidade histórica.



                            RIO GRANDE BERÇO DA CIVILIZAÇÃO RIOGRANDENSE.





Município mais antigo do Estado, mantém nas ruas e avenidas belos prédios e monumentos, típicos da arquitetura portuguesa do século passado, com toques de outras culturas que também fizeram parte da formação da cidade. Enquanto o centro da cidade é tipicamente português, em sua entrada, por exemplo, está ainda o único sítio urbano característico da época de industrialização do Estado - a fábrica e vila Rheingantz, grupo alemão que construiu indústria têxtil, e também escola, creche e casas para diretores e funcionários, cada grupo com características arquitetônicas diferenciadas.

Além do aspecto físico da cidade e seus prédios, a gastronomia também lembra a colonização portuguesa (açoriana principalmente) e a vocação marítima de Rio Grande. Frutos do mar e a bebida típica, a "jerupiga", ou "jurupiga", uma espécie de vinho alicorado, feito artesanalmente na Ilha dos Marinheiros, atraem cada vez maior número de visitantes.

Uma península no extremo Sul do Brasil, Rio Grande é privilegiada pela natureza. Possui a maior praia do mundo em extensão (Cassino - 245km, segundo o livro Guinness de Recordes), lagoas, uma reserva ecológica (Taim), com 32 mil hectares e uma infinidade de animais silvestres. Os Molhes da Barra, obra de engenharia marítima reconhecida em todo o mundo, são uma vitória do homem sobre as condições naturais e uma grande atração turística. A zona rural, os museus e o pôr-do-sol diante das águas que circundam a cidade fazem de Rio Grande um marco em qualquer viagem.



Histórico
A colonização tardia do extremo Sul do Brasil se justifica por algumas dificuldades, para a época: uma pequena ponta de terra, avançando ao mar, costa arenosa e retilínea, grandes dunas de areia, banhados, vegetação pobre com algumas árvores, muitas macegas e ventos constantes que criavam nuvens de finas areias, eram apenas alguns dos obstáculos a serem transpostos. Em 1680, com a fundação da Colônia de Sacramento, Portugal quis assegurar e demarcar seu limite Sul, à margem esquerda do Prata. Estas delimitações geraram grandes conflitos entre as coroas de Portugal e Espanha.

O único atrativo que a região apresentava era um canal que poderia vir a ser um grande porto, sendo este canal a única ligação entre as rotas de navegação marítima e interior do Estado, desde Laguna, em Santa Catarina, até o Rio da Prata, na República Oriental do Uruguai.

Esta posição estratégica levou Portugal a lutar pela conquista da região, e em 19 de fevereiro de 1737, ocorreu o desembarque do brigadeiro José da Silva Paes, tendo origem a formação da vila que viria a ser Cidade do Rio Grande, com a construção do Forte Jesus Maria José. Vencendo as dificuldades, Silva Paes conseguiu plantar na costa do Atlântico o marco inicial do Estado gaúcho. A Vila do Rio Grande de São Pedro foi elevada à categoria de Cidade em 27 de junho de 1835, pela Lei Provincial º 05.

                                                 Visita de D. Pedro II a cidade de Rio Grande.

Em seu processo histórico, Rio Grande registra a presença açoriana como colonizador/fundador (século XVIII) e, mais tarde (1824), foi alvo da imigração alemã, italiana e polonesa, entre outras. O interesse destas migrações voltava-se para o "porto marítimo", o qual é sempre visto como pólo de atração de pessoas em busca de novas perspectivas de vida. Assim, o Porto do Rio Grande serviu de base para os colonizadores como ponto geo-político estratégico na luta contra os espanhóis, e de ponto comercial importante, por onde eram comercializadas mercadorias, as quais renovavam o imigrante de idéias e esperanças.

Rio Grande, com mais de 260 anos de fundação, hoje é considerada "Cidade Histórica", por Decreto Estadual.

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